O preço do cacau, que vinha em alta recorde nos últimos três anos, caiu cerca de 40% em 2025. A queda acontece por dois fatores principais: menor consumo de chocolate no mundo e expectativas de melhores colheitas, especialmente na América do Sul. Com isso, os custos para consumidores e indústrias chegaram a pagar valores quatro vezes maiores desde 2022.
Segundo analistas ouvidos pela Bloomberg News, a safra mundial de 2025/26 deve gerar um excedente de 186 mil toneladas, mais que o dobro do esperado neste ano. Esse resultado ajudará a recompor os estoques globais, esgotados após colheitas ruins na África Ocidental, região que concentra a maior parte da produção mundial.
O Equador, terceiro maior produtor do planeta, deve ampliar a colheita em 5%, alcançando 580 mil toneladas, impulsionado por novas plantações. Outros países sul-americanos, como Peru, Colômbia e Venezuela, também devem contribuir para esse avanço. Já Gana e Costa do Marfim, maiores produtores globais, ainda enfrentam dificuldades com clima adverso, lavouras envelhecidas e doenças.
O cacau chegou a ser negociado a mais de R$ 1.000,00 arroba em 2024 e, nos últimos meses, vem caindo drasticamente o valor, que estava estabilizado na faixa dos R$ 800,00, agora registrou o valor de R$ 380,00 na manhã desta segunda-feira (29).