A Fanjuca Águias Douradas completa 40 anos em 2025 e é uma referência cultural em Gandu. Boa parte dos músicos da cidade passou pelo grupo, que participou de desfiles, concursos de bandas e eventos regionais, formando gerações de artistas e mantendo viva a tradição musical.
Segundo o diretor administrativo Ricardo Bomfim, a Fanjuca Águias Douradas vive de fases. De 1985 a 1994, era uma banda de percussão simples; depois se tornou uma banda de sopro e percussão, evoluindo entre 1994 e 2014. Em 2015, passou a ser uma banda marcial com instrumentos mais profissionais, e hoje caminha para se consolidar como banda de música, profissionalizando ainda mais suas apresentações.
Quando o Colégio Castro Alves, que mantinha a Fanjuca Águias Douradas, encerrou suas atividades, a situação financeira ficou mais difícil. Porém, a busca por apoio do poder público e da comunidade permitiu que a associação adquirisse gestão própria e continuasse expandindo seus projetos culturais.
Em 2005, a Fanjuca Águias Douradas promoveu sua primeira iniciativa fora da música: a criação da quadrilha junina Come Quieto, em parceria com a Secretaria de Cultura, que convidava grupos para participar do concurso de quadrilhas do município. A quadrilha funcionou até 2011, sendo a primeira experiência da associação com projetos culturais além da fanfarra. Em 2018, nasceu a Quadrilha Dois Amores, outro projeto dentro da Fanjuca, ampliando ainda mais a participação dos jovens em atividades culturais.
Entre as atividades desenvolvidas ao longo dos anos, destaca-se o CIART, aprovado via projeto do Criança e Esperança. Lançado em 2022, o espaço multicultural desenvolve música, teatro, dança e atividades educativas ligadas à leitura, e foi assumido pelo governo municipal após um ano de contrato devido ao sucesso para a comunidade.
Para Ricardo Bomfim, todos esses projetos garantem espaço para diferentes interesses e consolidam a Associação Fanjuca Águias Douradas como um importante agente de cultura no município.