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Afinal citrato de sildenafila pode mesmo causar infarto? Farmacêutica explica

O citrato de sildenafila é uma substância encontrada em alguns medicamentos. Ele foi desenvolvido inicialmente para tratar a área cardiovascular, mas no início dos anos 90, estudos descobriram sua ação na área da impotência sexual. Seu uso inadequado pode provocar problemas cardíacos, mas essa substância não tem o potencial para causar infarto.

A farmacêutica Jéssica Costa conta que “o citrato de sildenafila age no corpo relaxando a musculatura lisa dos corpos cavernosos (principal estrutura erétil do pênis), provocando um aumento do fluxo sanguíneo nessa região, favorecendo consequentemente a ereção”.

Os perigos resultam do uso associado a substâncias com nitrato, que acabam causando a queda brusca da pressão arterial, podendo gerar taquicardia reflexa e ser a causa de complicações cardiovasculares agudas e até mesmo a morte devido a essas associações.

Dor de cabeça, tontura, visão embaçada e náuseas são alguns dos efeitos colaterais de seu uso. Pessoas hipertensas e com complicações cardíacas devem buscar orientação e acompanhamento médico. O uso constante e abusivo dessa substância sem acompanhamento pode levar a complicações visuais e comprometimento cardiovascular.

A dose segura de uso é de 100 mg uma vez ao dia, podendo ser indicadas também doses de 50 mg e 25 mg, dependendo da necessidade e da condição clínica de cada pessoa. E segundo Jéssica, o uso é de dosagem única, sendo seguro apenas tomar um comprimido ao dia, independente de quantos miligramas tenha.

Jéssica alerta sobre o uso de medicamentos contrabandeados, a exemplo do Pramil que foi proibido pela ANVISA de ser comercializado. “Produzido no Paraguai, tem o mesmo princípio ativo do Viagra, porém não foi testado no Brasil, pelo não haver garantias de que atue eficazmente, trazendo riscos desconhecidos ao usuário”, ela completa.

Segundo Jéssica, “o medicamento é eficaz e seguro para os homens desde que tomados na dose certa e por períodos adequados, mas apesar de ser um medicamento de venda livre aqui no Brasil, não é recomendada a automedicação, já que esta implica em inúmeros riscos para a saúde do usuário, faz-se necessário uma avaliação clínica prévia para um uso adequado e sem riscos”.

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