Nesta quarta-feira (30), o Governo dos Estados Unidos anunciou exceções para produtos brasileiros no tarifaço que entrará em vigor em 6 de agosto. Produtos das áreas de aviação, mineração, combustíveis e agricultura ficarão livres da taxação de 50%.
Mas apesar disso, o cacau, produto fundamental para a economia local, continua na lista de produtos taxados, que preocupa os produtores e chegou a derrubar o valor da arroba, desde que foi anunciado, após uma alta histórica em 2024 e primeiro semestre de 2025.
Em entrevista, Luciano Andrade do Marias Compra de Cacau afirmou que a atual baixa do cacau é por conta do tarifaço, já que os maiores produtores do produto no mundo (Costa do Marfim e Gana) ainda enfrentam problemas com sua produção, não aumentando a oferta. Mas mesmo com o valor atual, o cacau se mantém acima do valor praticado antes de 2024, estando nessa quinta-feira (31) sendo negociado a R$ 610 a arroba.
A expectativa de muitos produtores é que o cacau entre na exceção das tarifas do Governo dos Estados Unidos, para que os valores voltem a aumentar.
As exceções foram anunciadas logo após a assinatura de Donald Trump da tarifação ao Brasil, que tinha sido inicialmente prometido para o dia 1° de agosto, mas irá começar a partir do dia 6.