O mercado internacional do cacau vive um momento de busca por equilíbrio. A International Cocoa Organization (ICCO) reduziu a previsão de superávit global para a safra 2024/25 de 142 mil para apenas 49 mil toneladas. A produção mundial também foi revisada para baixo e deve chegar a 4,69 milhões de toneladas.
Esse número representa uma melhora importante em relação à safra anterior. Os altos preços incentivaram produtores a investir mais nas lavouras, o que começa a aumentar a oferta. Por outro lado, a demanda industrial diminuiu. As moagens globais, segundo o site Mercado do Cacau, devem cair 4,3%, pressionadas pelos custos elevados e pela redução do consumo. Com isso, os estoques finais devem subir e trazer um pouco mais de folga para o mercado.
Para 2025/26, a Hedgepoint prevê um superávit bem maior, perto de 305 mil toneladas. A Costa do Marfim mostra sinais de recuperação, enquanto Gana ainda enfrenta problemas com doenças nas plantações. O Equador continua avançando e deve ser um dos principais responsáveis pelo crescimento da produção.
Na demanda, União Europeia e Ásia registram queda nas moagens, enquanto a América do Norte mostra mais resistência, com aumento das importações. A retirada das tarifas dos EUA sobre produtos do Equador deve influenciar o comércio nos próximos meses.
No mercado futuro, o contrato de março fechou a US$ 5.556 por tonelada em Nova York. Os estoques certificados nos EUA caíram para 1.698.135 sacas. Já o dólar futuro para dezembro de 2025 segue estável em R$ 5,385, trazendo um pouco de previsibilidade para quem atua no setor.
