O governo federal realizará no próximo sábado (14) o Dia D de mobilização contra a dengue, com ações voltadas à conscientização e prevenção. A iniciativa ocorre em um cenário alarmante: mais de 6,7 milhões de casos e 5.950 mortes foram registrados em 2024, números muito superiores aos do ano passado, quando 1.179 mortes foram notificadas.
O secretário adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Cunha, destacou a importância de intensificar as medidas preventivas com a proximidade do período chuvoso, que favorece a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Ele reforçou que ações simples da população, como eliminar objetos que acumulam água, são cruciais para evitar focos do mosquito.
As mudanças climáticas têm agravado a situação, alterando a biologia do mosquito com o aumento das temperaturas e o regime irregular de chuvas. Segundo Cunha, o armazenamento inadequado de água, comum em regiões com fornecimento intermitente, e o descarte irregular de resíduos sólidos também contribuem para a proliferação.
Em 2024, o Distrito Federal, Minas Gerais e Paraná lideraram as estatísticas de incidência da dengue. Picos de casos ocorreram de fevereiro a maio, com março sendo o mês mais crítico, registrando 1,7 milhão de casos. A faixa etária mais afetada foi de 20 a 29 anos.
A campanha enfatiza a necessidade de uma mobilização nacional para evitar uma nova epidemia em 2025. “Este é o momento de agir para evitar uma situação crítica nos próximos meses de janeiro e fevereiro”, ressaltou Cunha.
O governo, em parceria com estados e municípios, pede a colaboração de todos para remover potenciais criadouros do mosquito e combater os fatores que ampliam a vulnerabilidade.
Fonte: Agência Brasil