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Dono de hamburgueria dá sua versão sobre suposto assédio sexual e faz revelações sobre ex-funcionárias

Após entrevista com possíveis vítimas de assédio sexual, publicada nesta terça-feira (13), o Informe 73 procurou o dono da hamburgueria acusado do crime. Ele concedeu uma entrevista exclusiva ao portal, afirmando que deseja esclarecer os fatos, mas pediu anonimato diante das acusações. O empresário se declara inocente e afirma que as denúncias são falsas.

Segundo ele, as mulheres que o acusam de assédio trabalharam em seu estabelecimento durante o período junino de 2024, quando há aumento na demanda. Uma delas foi indicada por uma funcionária – tia de uma das denunciantes – que atualmente move um processo contra o empresário na Justiça do Trabalho e atua como testemunha das duas no caso de assédio.

Essa funcionária inicialmente permaneceu na hamburgueria, enquanto a segunda acusadora trabalhou nas festas. Sobre essa segunda, o empresário relata: “ela chegou se dizendo crente e que queria sua folga nos dias que tinha culto, mas depois fomos ver e vimos que ela não era, mas tudo bem, trabalhou comigo em uma festa e lá percebi que ela não servia para trabalhar lá, por conhecer muita gente e toda vez que aparecia alguém ela parava para cumprimentar.” Ele complementa que, por conta dessas distrações, ela acabou saindo da função na festa, pois era necessário agilidade, mas continuou trabalhando na hamburgueria fora do evento.

Durante as festas, quem permaneceu mais próxima do empresário foi a outra mulher que o acusa. Ele relata que ela já havia trabalhado na hamburgueria anteriormente, mas foi demitida porque uma ex-funcionária não gostava da forma como ela trabalhava. “Chegamos a fazer amizade com a tia e ela, chegando a fazer favores extras ao trabalho dela (a tia), que hoje vejo a ingratidão”, relatou.

Sobre a primeira funcionária, o acusado conta que ela atendia os clientes com mau humor, chegando a agir com grosseria. “Mesmo quando era com clientes amigos dela, eu percebia a falta de educação com esses clientes e quando ela fazia a grosseria com eles, estavam na frente outros clientes que eram seus amigos”. O ex-chefe contou que a alertou sobre esse comportamento que poderia afastar outros clientes. Apesar disso, não a demitiu, pois havia carência de funcionários. Segundo ele, ela pediu demissão afirmando que Gandu não tinha oportunidades para ela crescer e por isso iria para São Paulo onde tinha parentes e iria para casa deles, mas acabou que continuou em Gandu.

A segunda mulher, de acordo com o homem, apresentava muito sono no trabalho, tendo inclusive dormido sobre um freezer durante o expediente. “Ela trabalhava a noite, mas tinha todo o dia disponível e não era até pela manhã, ia até 1h quando era horário estendido, mas normalmente era até 0h e já chegava com sono 17h”, relatou. Ele comenta que só entendeu o motivo da sonolência poderia ser o uso de drogas ilícitas.

“Daí soube que ela utilizava maconha, mas mesmo assim não a demiti, e ao perceber que eu sabia do uso, ela disse que tinha parado de fazer o consumo da droga”. Segundo ele, o desempenho dela caiu, com erros na chapa, lanches mal feitos e trocados entre os clientes, o que levou à demissão.

Já sobre a tia de uma das funcionárias, que é testemunha no caso de assédio e autora de uma ação trabalhista, o empresário diz que ela era uma funcionária que incentivava os outros e até alertava para que não tomassem reclamações dos chefes, mas que acabava supostamente mudando quando não estava na presença dele ou de sua esposa, que também comanda o estabelecimento. O problema, segundo ele, se agravou após a filha da funcionária, que também trabalhou na hamburgueria, sair do emprego e da cidade por questões pessoais que vinham interferindo na rotina do local.

Mesmo após a saída da filha, os conflitos continuaram. A mãe permaneceu no trabalho e, ao ser cobrada por questões relacionadas à filha, teria criado um ambiente de insegurança. Pediu demissão e depois entrou com ação na Justiça. As três funcionárias deixaram o trabalho em setembro de 2024.

O empresário afirma que, durante o período em que as denunciantes trabalharam, havia 14 funcionários atuando simultaneamente. “Se acontecesse assédio sexual, alguém acabaria sabendo. Se você conhecer a hamburgueria internamente, você vai perceber que o tal quarto relatado por elas fica de frente para o atendimento e área de produção, que são praticamente no mesmo ambiente, separado apenas pela porta do quarto, não teria como forçar alguém a entrar ali sem ninguém perceber”, contou. Ele explica que o quarto serve para que seus filhos fiquem no local e também para conversas reservadas com funcionários que, de acordo com o proprietário, são feitas por sua esposa e com participação dele, ocorrendo poucas vezes.

O acusado afirma que não pode dar detalhes sobre a ação trabalhista, pois o processo corre em segredo de justiça. Além disso, ressalta que esse processo não o preocupa, por considerá-lo algo comum. Sua maior preocupação, diz, é com a acusação de assédio sexual, pois “pode manchar sua imagem e da empresa”, e reitera que é inocente.

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