A Bahia, líder nacional na produção e processamento de cacau, registrou em 2024 um desempenho recorde nas exportações do produto. Segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), o estado alcançou US$ 434 milhões em exportações de cacau, representando um crescimento de 119% em relação aos US$ 198 milhões registrados em 2023. O volume exportado também subiu, passando de 45,4 mil toneladas em 2023 para 46 mil toneladas em 2024, um aumento de 1,3%.
Esse crescimento expressivo no valor exportado deve-se, principalmente, à alta histórica na cotação internacional do cacau. Em 2024, o preço da amêndoa subiu até 150% em relação ao ano anterior, atingindo seu pico em abril, quando alcançou US$ 12.261 por tonelada. Essa valorização foi impulsionada por uma combinação de alta demanda global e redução da oferta, decorrente de problemas climáticos e fitossanitários em regiões produtoras como a Costa do Marfim, principal concorrente do Brasil.
O secretário da Agricultura da Bahia, Wallison Tum, celebrou os resultados e destacou os esforços do estado para fortalecer a cadeia produtiva do cacau. “A Bahia reafirma sua liderança no setor cacaueiro com esses resultados expressivos. Estamos investindo em iniciativas como o projeto ‘Parceiros da Mata’, a retomada da Câmara Setorial do Cacau e o ‘Inova Cacau’, com forte articulação da Seagri, para fomentar ainda mais a produção e a qualidade do nosso cacau”, declarou.
Com esses números, a Bahia consolida sua posição estratégica no mercado global de cacau, refletindo não apenas a excelência de sua produção, mas também o impacto positivo de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento do setor.