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Geógrafo alerta risco de novas inundações em Gandu, Teolândia e Wenceslau Guimarães

Desde o último sábado, fortes chuvas atingem a Bahia, causando transtornos no estado e na região, onde foram relatados alagamentos, queda de postes e arvores.

O geografo Samuel Macedo, que fez o mapeamento das áreas de risco de inundação em Gandu, conta que as chuvas intensas na região são causadas pelo La Niña, que aumenta as precipitações no norte e nordeste, pela Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que gera chuvas persistentes, e por condições que favoreceram, mas não concretizaram, a formação de um ciclone no Atlântico.

As chuvas atuais têm ocorrido enchentes no Rio Gandu, levando que esse termo é usado para elevação do nível de rios dentro do esperado, já inundações, é quando a água atinge ruas e casas. Ocorreram inundações no sábado na rua Paulo Almeida, em Gandu, e nas ruas Plínio Silva e Maria Carvalho, em Wenceslau Guimarães, por conta de uma vargem que fica atrás dessas ruas.

Samuel conta que não é só fatores climáticos que provocam esse problema, mas o intervalo dessas chuvas, que caso sejam em intervalo de algumas horas sem chuvas, como esta ocorrendo agora, muito difícil a bacia do Rio Gandu inundar, com alagamentos ocorrendo em locais nos quais a construções que estão na calha do rio, onde é comum o nível da água mudar dependendo da chuva.

Sobre os cuidados que deve se ter, Samuel diz que “considerando que Gandu não possui um Plano de Redução de Risco, algo que defendo desde 2015, algumas medidas imediatas podem ser cruciais para nos prepararmos para o pior cenário”.

Essas medidas contam com o esclarecimento para a população que há problemas recorrentes de inundação e que, no cenário de mudanças climáticas, ocorrências podem se tornar mais frequentes e intensas, o monitoramento e alerta a população com base em dados e estudos já existentes, preparar a comunidade para inundações, indicando rotas de fuga, abrigos, além de solicitar auxílio de pessoas não afetadas para apoio e uma resposta ágil com equipes de salvamento, drenagem e desobstrução, utilizando os recursos disponíveis, e adotando outras medidas de emergência.

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