O governo federal deve publicar, nas próximas semanas, um novo edital do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). A informação foi divulgada nesta quarta-feira (5), em Brasília, pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministra, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
“A previsão é que o edital seja lançado ainda no primeiro trimestre, possivelmente até o final desse período. Nossa intenção é realizar a prova em agosto, mas ainda precisamos avaliar os prazos. Esse mês foi escolhido porque, após o ocorrido no Rio Grande do Sul em 2024, analisamos o mapa hidrológico do Brasil e constatamos que agosto é o período de menor incidência de chuvas”, explicou a ministra.
Ela reforçou que a ideia é aplicar a prova no início do segundo semestre, mas o cronograma depende da aprovação final da Lei Orçamentária Anual (LOA). “Vamos autorizar alguns concursos agora, mas em número reduzido. Precisamos da aprovação da LOA para definir os recursos disponíveis para novos certames. Por isso, nosso cronograma está um pouco atrasado em relação ao que gostaríamos”, afirmou. A expectativa é que a votação no Congresso Nacional ocorra no dia 10 de março.
A ministra também mencionou a intenção de abrir vagas para duas novas carreiras no serviço público. Uma delas está relacionada às áreas de defesa, justiça e segurança, atendendo a um pedido do ministro da Defesa, José Múcio. “O Ministério da Defesa é uma pasta civil, mas ainda não possui uma carreira própria. Nossa proposta é criar carreiras transversais, abrangendo áreas correlatas”, explicou.
De acordo com Esther, uma Medida Provisória enviada ao Congresso prevê a criação de 750 vagas, com a possibilidade de ampliação para 1.500 por meio de um projeto de lei. No entanto, o concurso não será para todas essas vagas de imediato. “Inicialmente, o edital contemplará um número menor de oportunidades”, disse. As vagas poderão ser distribuídas entre o Ministério da Defesa, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e, possivelmente, o Ministério da Justiça.