Uma geladeira um pouco diferente em Gandu está trazendo à população acesso a livros em plena praça da Igreja Matriz. Iniciativa feita pelo professor Pedro Paulo, mais conhecido como Pedraum, a Geloteca, funciona como uma biblioteca, onde a pessoa pode pegar um livro e devolver quando terminar e também pode doar algumas obras.
Apesar de ser novidade em Gandu, projetos como esse acontece em outra parte do Brasil, o que inspirou Pedraum a trazer para cidade no final de dezembro de 2023, segundo ele, “o objetivo é incentivar a leitura para as pessoas, tornando mais acessível, como eu tinha uma geladeira velha, que acabou pifando e sem saber o que fazer com ela, não querendo jogar em qualquer lugar, lembrei da ideia da Geloteca e reciclei o que iria se tornar lixo”.
O processo de montagem da Geloteca passou pela medição para se colocar as prateleiras, tirando o motor, a fiação, grades, mangueiras e grade que fica atrás da geladeira, para que não tivesse itens que pudessem ser roubados e vendidos. E sobre a escolha da praça da Igreja Matriz, se deu por estar em um local centralizado na cidade, com proteção da chuva e sol e lugares onde as pessoas podem se sentar, para se quiser ler ali mesmo.
Pedraum conta que os livros que estão na Geloteca, parte foi doada por ele e outras pessoas foram também deixando livros lá. “Uma vez por semana eu passo lá para checar os livros e catalogá-los. Hoje tem 85 livros catalogados e obras variadas, de temas espirituais, religiosos, poesia, romance, clássicos mundiais e nacionais, sendo bem variado os temas”. E que a população recebeu muito bem a ideia, elogiando e se mobilizaram para doar obras e que o projeto funcionará a partir da coletividade com as pessoas cuidando e pode ficar com o livro o tempo que durar a leitura, mas necessário devolver nas mesmas condições em que encontrou.
Perguntado se pretende expandir para outros pontos da cidade, ele diz que sim e acrescenta que como isso gera custos, mesmo que não seja muito caro, concluindo com, “assim que surja outra geladeira, irá atrás de pessoas que possam patrocinar a pintura por exemplo, a gente pensa em colocar em outras partes da cidade e semear a leitura na cidade. É necessário que as pessoas abracem e o poder público e privado possam financiar e continuar expandindo ade infinito”.