Fogos de artifício são um dos itens muito usados em campanhas políticas, onde equipes dos candidatos e seus apoiadores usam para chamar mais atenção e comemoração, seja pelo barulho ou pelas luzes. É muito comum, queimas de fogos durante eventos. Mas, ao mesmo tempo que é divertido para muita gente, algumas se incomodam e pode ser agravado no caso de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Em conversa com a psicóloga infantil Brenda Caetano, diz que crianças com TEA desenvolvem uma sensibilidade mais intensa, vinda de uma sensibilidade auditiva, dando a impressão de que os sons são mais altos do que realmente são. “Isso acontece porque a maioria das pessoas no espectro do autismo apresenta hipersensibilidade, tornando o estímulo do ambiente mais perceptível”.
Ambientes muito fechados com ecos de barulhos, várias pessoas conversando ao mesmo tempo, barulhos de sons automotivos, até o tom de voz do cuidador, a depender do nível da voz, são situações que se transformam em estímulos ruins para crianças com TEA. “Já se referindo aos fogos de artifícios, o barulho é realmente assustador, ainda mais quando as pegam de maneira inesperada, deixando a criança mais ansiosa, irritada, estressada e agitada, tornando ainda mais uma situação aversiva”, diz Brenda.
Sobre a decisão de campanhas não usarem fogos, Brenda diz que é uma atitude de respeito à população, “não somente voltada para as crianças neuro divergentes, mas para os idosos, crianças recém-nascidas e animais, que também sofrem com esse tipo de poluição sonora. Acreditando eu que essa atitude deveria ser tomada e abraçada por todos. Precisamos respeitar a população como um todo.