Um professor da Escola Roselly Santos, em Wenceslau Guimarães, foi afastado por 60 dias após denúncias de assédio contra alunas. A denúncia mais recente foi registrada no Informe 73, no último sábado (16), e nesta quarta-feira (20) a Prefeitura publicou a decisão de afastamento. Durante o período, o docente permanecerá recebendo salário.
Segundo a portaria, o prazo inicial de dois meses servirá para a conclusão das investigações, podendo ser prorrogado se necessário. Para conduzir os trabalhos, foi designada uma comissão com três integrantes, responsável por coletar provas, ouvir testemunhas e analisar os relatos. O professor terá direito à defesa e poderá constituir advogado.
De acordo com a denúncia, o caso mais grave envolve a invasão do banheiro feminino pelo professor, onde uma estudante se encontrava, episódio acompanhado de xingamentos. Além disso, relatos apontam que denúncias anteriores já haviam sido ignoradas e que comportamentos semelhantes vêm sendo registrados desde 2008.
Há também desconfiança sobre a condução das investigações, já que o professor é apontado como apoiador da atual gestão municipal, chefiada pelo prefeito Gabriel de Parisio. O afastamento foi decidido após uma reunião realizada na escola, iniciada na tarde de terça-feira (19) e concluída apenas à noite.