Cinco municípios do Baixo Sul da Bahia — Wenceslau Guimarães, Teolândia, Presidente Tancredo Neves, Taperoá e Igrapiúna — estão entre os que apresentam os maiores números de casos de Leishmaniose Tegumentar (LT) no Brasil. A informação foi divulgada a partir de dados atualizados sobre a doença, que tem avançado silenciosamente na região.
A Leishmaniose Tegumentar provoca lesões na pele e mucosas, geralmente indolores, mas que podem causar sintomas graves como sangramentos nasais, dor ao engolir e feridas persistentes. Em casos mais severos, a doença compromete regiões como nariz, boca e garganta, afetando a qualidade de vida dos pacientes. A confirmação é feita por métodos laboratoriais, essenciais para diferenciar a LT de outras doenças com sintomas semelhantes, como sífilis e hanseníase.
A transmissão ocorre pela picada de fêmeas infectadas do mosquito-palha, também chamado de tatuquira ou birigui. Apesar da infecção em animais domésticos ser comum, não há comprovação de que atuem como reservatórios do parasita. O período de incubação em humanos varia entre duas semanas e dois anos, com sintomas surgindo, em média, após três meses da picada.
A alta incidência nos municípios do Baixo Sul acende um alerta para estratégias regionais mais eficazes de enfrentamento da doença. Em caso de suspeita, é fundamental procurar imediatamente uma unidade de saúde para avaliação médica e realização de exames específicos, garantindo o início rápido do tratamento e evitando o agravamento do quadro clínico.