A semelhança entre a logo de uma nova academia em Wenceslau Guimarães e a de uma clínica mais antiga em Itamari chamou a atenção da comunidade. A clínica, que já utiliza o design há mais tempo, divide elementos gráficos com a marca da academia, ambos encontrados no Adobe Stock, uma plataforma de designs prontos amplamente utilizada por profissionais. O uso desses elementos é totalmente legal, desde que o autor da arte seja devidamente remunerado, mas a utilização desse recurso pode ser prejudicial para o serviço.
Para o publicitário Yuri Moreira, especialista em criação de marcas, o uso de designs prontos pode representar um risco para a construção de uma identidade exclusiva. “É um grande risco. Imagine você andar por aí e descobrir que o que achava que era seu, na verdade pertence a outra pessoa? Você fica sem identidade, além de correr o risco de ser confundido”, explica.
Ele também destaca que, na maioria das vezes, os empresários são vítimas inocentes. “Nesse caso, em mais de 90% dos casos, o dono é um inocente, que confiou a algum profissional de design a criação de algo para chamar de seu, no caso, o logo de sua empresa, e no fim acabou recebendo algo pré-pronto.”
Enquanto plataformas como o Adobe Stock oferecem uma solução prática, é importante que os designers tenham cautela ao utilizar modelos prontos, garantindo que o trabalho entregue seja único e adequado às necessidades da empresa. Por outro lado, os donos de negócios devem se atentar ao processo de criação da sua marca, acompanhando de perto o desenvolvimento da logo para evitar problemas de identidade e garantir que o design seja verdadeiramente exclusivo e alinhado aos valores do seu empreendimento.