Natural de Teolândia, a artista plástica Thamires Harvey tem feito sua carreira na cidade dos Estados Unidos de Seattle, com suas pinturas, murais e ilustrações.
Thamires nos conta que chegou à cidade em 2018, com o intuito de melhorar seu inglês e então voltar ao Brasil para então começar o doutorado na sua área, sendo de engenharia de produção. “Os planos mudaram porque vi oportunidades aqui que não via no Brasil, então decidi ficar. Trabalhei por 2 anos fazendo faxina, até que na pandemia começou e a quantidade de trabalhos diminuiu”, conclui.
Ela conta que “meu marido, que se formou em artes, tinha alguns materiais de pintura em casa e eu comecei a desenhar por diversão. Sempre gostei de desenhar, mas nunca imaginei que um dia fosse virar profissão. Em 2021, após ver uma mandala no Instagram, eu decidi que queria tentar fazer aquilo, a criadora viu o que fiz e disse que eu levava jeito. Dali em diante, eu não parei mais de pintar. Comecei fazendo arte para amigos e familiares, vendi algumas pinturas e me apaixonei pelo mundo da arte”.
Sobre a sua mudança de profissão, ela conta que, “foi bem “fácil” de decidir. Eu não queria trabalhar como engenheira aqui. Primeiro porque seria necessário transferir meu diploma para cá e segundo porque eu nunca senti amor pela engenharia como sinto pela arte, é inexplicável”.
Ela conta que em 2022 fez seu primeiro mural na garagem de casa e que então ofereceu para amigos e vizinhos. Depois disso, ela fez um curso de muralismo com uma professora também brasileira e então começou a produzir os primeiros murais profissionalmente. “Hoje em dia, eu não trabalho só com arte, infelizmente, ainda faço faxina, mas estou trabalhando para que esse sonho se torne realidade porque é o que eu mais amo fazer”, conta Thamires.
Thamires conta ainda que trabalha principalmente com murais, dá aula em grupos, pinta por comissão, já ilustrou um livro e que agora está trabalhando em uma coleção para contar a sua história. “Acho que ainda não tenho um estilo definido. Gosto muito de trabalhar com realismo, mas a cada arte tento algo novo e aprendo algo novo, e é isso que amo sobre a arte”.