Nos últimos meses, o preço do cacau está em alta, mas uma série de desafios está sendo encontrada pelos produtores rurais da região, nos quais as doenças que atingem os frutos são um dos principais problemas, tendo a ocorrência de vassoura de bruxa e podridão parda (geada).
Em conversa com o engenheiro agrônomo Valdinei Barreto, vice-presidente da COOPAG e consultor e instrutor na cadeia produtiva do cacau (pelo SENAR), ele nos conta que as doenças que mais acometem as lavouras no atualmente, são fungos que atacam diretamente o fruto e a forma de combater, é tomando mediadas preventivas. ” O produtor deve se preparar para, no início do inverno, fazer as aplicações, respeitando a dosagem e período de reaplicação de acordo a orientação de um profissional da área,” diz Valdinei.
Valdinei diz que as doenças que mais atingem as lavouras da região são bem parecidas, “às vezes o produtor confunde ou não sabe distinguir entre uma e outra. As duas deixam o fruto com uma mancha preta, no entanto, a podridão parda apresenta cheiro de peixe. E, tem casos que as duas doenças atacam o mesmo fruto”.
Sobre as perdas na produção, Valdinei aponta que ela pode chegar a 40%, não sendo maior, pois em alguns casos ainda dá para aproveitar uma parte do fruto. “Se a doença atacar o fruto sem o mesmo ter formado a semente ainda, a perda é de 100% daquele fruto, no entanto, se quando a doença atacar o fruto, o mesmo já estiver com a semente na cor violeta, significa que uma parte dessas sementes poderá ser aproveitada”.
Valdinei diz que “assim que iniciar o período chuvoso e frio, o produtor deve monitorar suas unidades de produção e, ao primeiro sinal de ataque, ele deve procurar um profissional da área e realizar o que for recomendado. Outro fator importante é sempre manter as plantas bem nutridas, sombreado adequado e realizar poda para favorecer a entrada de luz na lavoura”.